Resenha | A Libélula no Âmbar- Diana Gabaldon

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A Libélula no Âmbar é o segundo volume da série Outlander, escrita por Diana Gabaldon e publicada pela nossa parceira Editora Arqueiro.

***Atenção! Não continue a leitura se não leu o primeiro volume da série, pode conter Spoilers.***

A Libélula no Âmbar já começa dando um soco no estomago dos pobres leitores apaixonados pelo casal Fraser. Logo nas primeiras frases descobrimos que Claire voltou para seu tempo e passou vinte anos separada de Jamie. Como se não bastasse, ela teve a criança que esperava de Jamie, mas ao lado de Frank.  Passado o choque inicial, vamos descobrindo que iremos passar todo o segundo volume entendendo o motivo dessa separação.

Confesso que li esse livro sofrendo do inicio ao fim. Diana escreveu o primeiro volume de uma maneira que garantisse que todos os leitores finalizassem a leitura completamente apaixonados pelo casal, não foi difícil sofrer imaginando que Jamie perdeu não só sua amada esposa, como a oportunidade de criar sua filha.

Tudo começa  com Claire, que após a morte de Frank retorna com sua filha Brianna, agora com quase 20 anos, para a Escócia com o intuito de descobrir o que aconteceu com seus conhecidos do século XVIII e contar para a filha quem é seu verdadeiro pai. Não é uma missão nada fácil e por isso ela resolve contar com a ajuda de Roger, filho do reverendo Reginald Wakefield, que costumava ajudar Frank em suas pesquisas como historiador.

Quando Claire finalmente consegue contar a verdade para a filha, somos levados pela narrativa dos acontecimentos anteriores à volta de Claire para seu tempo atual. No passado, Jamie está metido na causa Jacobita, se aproximando de príncipe Charles para encontrar informações e usando um negócio de venda de vinho para ajudar na sua missão espiã. Claro que é tudo muito perigoso e, como sempre, Jamie e Claire precisam usar todas as suas forças e artimanhas para sobreviver.

A grande diferença desse segundo volume para o primeiro é o foco na história real da Escócia. Em A Viajante do Tempo  mergulhamos em uma história de amor recheada de detalhes sobre sua localização, já A Libélula no Âmbar nos dá uma verdadeira aula de história.

O amadurecimento dos personagens também é muito destacado. A obra se passa no decorrer de três anos e nesse tempo Jamie e Claire demonstram uma bela diferença em seu comportamento. Jamie não é mais um garoto inocente e gentil, agora ele é um guerreiro inteligente que não hesita em usar todas as artimanhas possíveis para salvar sua família. Claire, já mais acostumadas aos costumes estranhos da época, não comete mais tanto deslizes e mostra toda sua personalidade ajudando na causa e trabalhando no hospital. Paralelamente, vemos o dilema de Claire em tentar salva o odiado Jack Randall da vingança de Jamie, na tentativa de salvar Frank, descente direto do mesmo.

É uma leitura ofegante, quase impossível de não ler obsessivamente, enquanto oscilando entre sentimentos de curiosidade para saber o que levou Claire de volta e o desespero de não querer ver isso acontecendo. Ao mesmo tempo, vemos como o fato da volta de Claire pode não ter afetado somente seu amor, mas talvez o curso da história.

Pessoalmente, gostei mais do primeiro livro. Não que o segundo não seja maravilhoso, mas os costumes da época e o desespero dos acontecimentos do primeiro volume foram melhores, para mim, do que a história da guerra e sofrimento do segundo. Ainda assim, a saga Outlander inteira é uma maravilha, daquelas que não pode deixar de ser lida por completo.

  • Confira a resenha do primeiro volume, A Viajante do Tempo, clicando aqui.
  • Confira a resenha do terceiro volume, O Resgate no Mar parte 1, clicando aqui.

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